sexta-feira, 16 de maio de 2008

O PLANETA TEM PRESSA. – Ronaldo França e Ronaldo Soares – Revista Veja, 07/05/2008.


O PLANETA TEM PRESSA. – Ronaldo França e Ronaldo Soares – Revista Veja, 07/05/2008.
Resumo:
Trata de uma análise sobre as alterações climáticas que o planeta vem sofrendo. Há um consenso sobre este aquecimento, comprovado pelo derretimento do gelo, especialmente no Ártico. Menos consensual é a visão sobre a influência humana neste contexto e se vale a pena investir numa redução drástica das emissões de gases do efeito estufa ou no desenvolvimento de tecnologias para que seja possível conviver com os efeitos desse aquecimento. E, caso seja esse o melhor caminho, determinar o grau de intervenção necessário para esta adaptação. Alerta para o risco do aumento de doenças, aumento do nível do mar, fim da água potável, extinção de espécies, comprometimento da agricultura, inundações e fuga em massa das populações. Se nada for feito, a economia mundial sofrerá perdas anuais de até 20% do PIB mundial em contraponto calcula-se o investimento necessário para reduzir as emissões de C02 em 1% do PIB. Conclui que é impossível reverter totalmente o aquecimento, o que se pode fazer é evitar que se aqueça catastroficamente.
Análise Crítica:
O autor foi bastante elucidativo, o que certamente levou os leitores a uma maior reflexão e conscientização dos impactos climáticos que o meio ambiente vem sofrendo ao longo dos anos. Chama a atenção para o fato de que as nações ricas devam ajudar as emergentes a ter acesso mais rápido a tecnologias limpas e a necessidade de que haja esforço científico e financeiro para desenvolver tecnologias que permitam conviver com os efeitos de um planeta mais quente. Aponta sobre a importância de envolvimentos pessoais para mudança no perfil do consumo, com impacto ambiental significativo. Atitudes como a máxima reciclagem dos produtos, substituição das fontes de energia e otimização do uso dos transportes devem ser levadas a sério e acontecer em grande escala, sendo responsabilidade de todos, gestores e cidadãos. Enfatiza que o esforço conjunto é o único caminho para encontrar uma saída. É preciso agir agora, o planeta tem pressa.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

O Wal-Mart, visto como vilão nos EUA, se esforça para mudar a imagem no Brasil por meio de programas sustentáveis


O Wal-Mart, visto como vilão nos EUA, se esforça para mudar a imagem no Brasil por meio de programas sustentáveisJuliana Garçon – vocesa.com.br – Abril de 2008.

Resumo:

Esta reportagem cita a empresa Wal-Mart, cujo slogan nos EUA é “preço baixo todo dia” e a denúncia de um documentário sobre as práticas desse megavarejista, como salários baixos, preconceitos contra mulheres e negros, práticas predatórias de concorrência e repressão ao sindicalismo. Em seu programa de sustentabilidade ambicioso estão metas para que os funcionários sejam sustentáveis dentro e fora da empresa, como separar o lixo a ser reciclado, largar o cigarro, economizar água, energia elétrica e recursos naturais, premiando quem se voluntariar. É um voluntariado em causa própria, apoiado na crença de que os funcionários desempenham melhor suas tarefas quando têm metas pessoais. O que é cobrado é mais o comprometimento com as metas do que o seu cumprimento. No Brasil devido à liderança do espanhol Vicente Trius, a gestão foi diferente com programas de desenvolvimento de lideres e priorização de promoções. A motivação do pessoal é apontada como um dos seus grandes desafios.

Análise crítica:

O autor é crítico quando estabelece uma comparação entre atuação do Wal-Mart nos EUA e no Brasil e ainda quando cita opiniões que enxergam o aprofundamento da relação com o empregado, como um meio de diminuir a voz dos funcionários insatisfeitos. O conteúdo da matéria converge com matérias que dizem respeito a este tema. É positiva quando mostra o comprometimento da empresa com o engajamento dos funcionários em melhorar suas atitudes em relação ao meio ambiente e a si próprio, traduzindo-se em uma ambiciosa gestão de pessoas. Aponta o comprometimento social da empresa no Brasil, com a criação de uma cooperativa com cinqüenta catadores de lixo e reciclagem de duas mil e trezentas toneladas de lixo. Esta prática de gestão voltada para valorização do capital humano, ainda que com objetivo de marketing, traduz-se em maior comprometimento das pessoas com o trabalho e conduz a uma melhoria da qualidade de vida, razão pela qual deve ser valorizada e seguida pelos administradores.